Ao final da unidade III, esperamos que você seja capaz de:

Comunicação Interpessoal​

Definição e princípios da comunicação interpessoal

Antes de falarmos de comunicação interpessoal, vamos falar de comunicação intrapessoal. Tudo bem para você?

Para começarmos, responda, sem hesitar, às seguintes questões:

– Quem é você para você mesmo?

A pergunta pode parecer óbvia, mas eu posso apostar que, se você fez a reflexão proposta, foi necessário parar um pouco e pensar.

Em algum momento da sua vida você já havia se feito esse tipo de pergunta ou alguém já te provocou a responder algo assim?

O habitual é nos apresentarmos para o outro, não é?  Contudo, quem somos nós para nós mesmos? Quais são os nossos diálogos mais profundos?

Se você não respondeu ainda, não hesite. Isso é muito importante: em três palavras, quem é você para você mesmo?

Responder a essa questão é o primeiro passo para entendermos o que é comunicação intrapessoal, palavra composta pelo prefixo intra (dentro) + pessoal (pessoa), ou seja, a comunicação que você preestabelece consigo mesmo.

A comunicação intrapessoal é a linguagem para um só, onde o indivíduo fala para si mesmo. É subjetiva, ocorrendo no íntimo do sujeito. Ela corresponde aos pensamentos, ideias, sentimentos que a pessoa constrói sobre tudo e todos ao seu redor. A própria capacidade de reflexão é um tipo de comunicação interior (LYRA, 2014, p. 12).

Então, se liga! Na comunicação intrapessoal, o emissor e o receptor da mensagem são a mesma pessoa. Não se assuste, falar sozinho é mais comum do que você possa imaginar. E, para provar que isso é sério, sério mesmo, eu separei alguns memes!

Quadro 5 – Figuras diversas

FONTE: Acervo pessoal autora
FONTE: https://br.pinterest.com/fcampinha/the-big-bang-theory/
FONTE: https://me.me/i/falo-sozinha-e-ainda-respondo-21183160
FONTE: https://br.pinterest.com/pin/330662797646377108/ 5
FONTE: https://pt.dopl3r.com/memes/graciosos/nada-pior-do-que-alguem-flagrando-a-gente-falando-sozinho-igual-doido/187091

Praticamos, apesar de não nos atentarmos para isso o tempo todo, a comunicação intrapessoal, que se articula no nível psicológico do indivíduo, de maneira subjetiva.  É nesse momento que nos conectamos com as nossas emoções. Essa conexão preestabelece, necessariamente, um tipo de reação, que pode ser extremamente positiva ou essencialmente negativa, por isso, é fundamental ter consciência desse processo e saber controlá-lo. O significado que daremos a ela dependerá da nossa capacidade de exercitar a comunicação assertiva conosco e mudar o nosso mindset, sempre que for necessário.

A comunicação intrapessoal reflete e alimenta nossas crenças, cultura, valores, hábitos, virtudes, defeitos e infinitos condicionamentos responsáveis pela nossa dificuldade em mudar muitas coisas que gostaríamos de mudar em nossas vidas; e se a comunicação intrapessoal não abre espaço para estas mudanças, elas não correm!  (HISLDORF, 2005).

O ser humano é o único ser capaz de olhar para cada situação, por mais angustiante, difícil e dolorida que seja e mesmo diante delas, realizar boas escolhas. Respondendo de maneira melhor a cada desafio da vida. Isso é super importante! É importante porque há acontecimentos que não podemos controlar em nossa vida, eles simplesmente acontecem. Alguém que se vai, uma doença que chega ou algo inesperado. Mas o mais bonito é que mesmo não controlando tudo que nos acontece, poderemos controlar como reagiremos.

Poderemos olhar para a situação e escolher de que forma lidaremos. Quanto mais acessamos nossa autoconsciência, autorresponsabilidade e nossa dimensão espiritual, maior nosso potencial em realizar boas escolhas – em escolher o bem!

Na inteligência emocional sempre estudamos sobre as crenças. Você sabe o que são crenças? Crenças são ideias que acreditamos e que norteiam nossos comportamentos. Os resultados das nossas crenças podem ser positivos ou negativos. Lembro-me de um aluno meu, de uma outra instituição de alguns anos atrás que não conseguia ter um bom desempenho nas avaliações. Ele era super aplicado, dedicado, mas quando era para ser avaliado, ele sempre tinha um resultado muito ruim, em várias disciplinas, praticamente todas. Em virtude disso ele não conseguia progredir no curso e, portanto, vivia entristecido e angustiado, repetindo para si mesmo que era incapaz. Em uma das longas conversas que tivemos ele deixou escapar que tudo que ele vivia na faculdade parecia se repetir à época de criança e ensino fundamental. Porém, só depois de um tempo que de fato, foi possível compreender onde estava a raiz dessa questão. Era um aluno que ouviu de alguns familiares desde cedo as seguintes palavras: Você é burro. Você não é inteligente. Você, coitado, nunca vai ser alguém, porque não sabe pensar! Esse aluno, internalizou em si essas falas e ele reafirmava para si que era burro e que nada sabia da vida, nem de nada. Nada saberia aprender. Sabe o que é isso? CRENÇA. Ele acreditava nisso! Portanto, uma crença LIMITANTE. Essa crença impactava a forma como ele se enxergava, seus pensamentos, seus sentimentos, seus comportamentos e por conseguinte, seus resultados.

Mas, vamos entender melhor! As crenças são classificadas de duas formas: crenças fortalecedoras e crenças limitantes, conforme podemos ver no QUADRO 1.

Quadro 6 – Crenças fortalecedoras e crenças limitante
Crenças fortalecedoras Crenças limitantes
I. Ajudam-nos a alcançar objetivos
II. Fazem-nos sentirmos em paz
III. Transmitem sensações de capacidade
IV. Imprimem sentimentos de estima e bem-estar
V. Contribuem para o nosso desenvolvimento pessoal e profissional
I. Impedem-nos de alcançar nossos objetivos
II. Diminuem-nos, mantendo-nos em um estado de insatisfação
III. São limitantes e intransigentes
IV. Não dão margem para a dúvida ou reflexão
V. Causam medo e ameaçam

Fonte: Elaboração pela autora, 2023.

Então, atente-se!

Tudo aquilo que nos limita pode e deve ser reconfigurado em nossa vida.

Sabe o meu aluno? Através de autoconsciência, autorresponsabilidade e clara percepção sobre essa crença, ele foi mudando a forma de agir, através da mudança de seus pensamentos e sentimentos. No final, ele começou a ter melhores resultados e assim foi substituindo aquela velha crença que o limitava, por uma crença fortalecedora, que o impulsionava. No lugar de “sou burro, não sei aprender, nunca serei ninguém” passou a acreditar que “sou inteligente, sou super capaz, tenho potencial, sou vencedor, terei sucesso”. Eis um grande exemplo dessa comunicação intrapessoal e que tanto influencia em nossa vida.

Agora iremos falar sobre comunicação com o outro: a comunicação interpessoal (inter = entre ou no meio) + pessoal (pessoa). A comunicação interpessoal trata-se da comunicação direta entre dois ou mais indivíduos, em que emissor e receptor atuam reciprocamente, interagindo o tempo todo. Isso significa que eles transmitem, recebem, interpretam mensagens (sejam elas verbais ou não verbais) e interagem durante o processo, de forma cíclica.

A comunicação intrapessoal ocorre entre as pessoas. Os fatores presentes na comunicação interpessoal são os conhecimentos, as crenças, as atitudes, as presunções, os valores e experiências. Também entram no processo da comunicação interpessoal o tipo das mensagens, se são verbais, não-verbais, a autoapresentação e o feedback (DIMBLEY; BURTON, 1990).

Quando a nossa comunicação interpessoal é boa, conseguimos conectar pessoas diferentes, conseguimos nos conectar com o mundo, conseguimos resolver problemas complexos e mudarmos, inclusive, a realidade que nos cerca.

A comunicação interpessoal exige empatia, atenção ao que está ao nosso redor, escuta ativa, observação e principalmente, ação.  Quer ver só?!

O quanto você tem se comunicando, verdadeiramente, com o mundo ao seu redor? O quanto você consegue perceber o que as pessoas querem dizer ao seu lado, de maneira não verbal? O quanto você está, realmente, prestando atenção em tudo que o cerca?

Costumamos responder a questões como essas de forma bastante confortável e passional. No entanto, será que estamos mesmo presentes, atentos e atentas ao que realmente importa? (Lembra-se do vídeo do chá Lipton ??) Se não se lembra, assista-o novamente.

Comunicar é algo extremamente complexo, ainda mais neste momento em que estamos vivendo – hiperconectados, hiperacelerados, hiperDESFOCADOS.

Todos os dias, nos deparamos com situações diversas e nem sequer conseguimos percebê-las. Não somos sensíveis a elas. Não somos sensíveis o suficiente ao mundo que nos cerca. E eu não estou falando só de mim ou de você, estou falando de todos nós, essas quase oito bilhões de pessoas que habitam o planeta.

A nossa indiferença diante de situações acaba contribuindo para a disseminação da invisibilidade social, termo bastante usado no campo sociológico e das ciências sociais, e um dos fenômenos mais evidentes nas relações interpessoais contemporâneas. Utilizamos o termo invisibilidade social para designarmos pessoas invisíveis socialmente, seja por preconceito ou por indiferença.  

O desprezo social e o não reconhecimento dão origem ao sentimento de invisibilidade. Na sociedade do espetáculo na qual nós vivemos, o invisível tende a significar insignificante

(PINTO DE SÁ, 2008, p. 30)

A comunicação, jamais se esqueçam disso, exige PRESENÇA e, quando falamos em presença, não estamos falando apenas de presença física, mas em estar presente.

Presente na situação em que a dinâmica da comunicação está acontecendo, em que nos deparamos com oportunidades para nos tornarmos pessoas melhores e para fazermos desse mundo um lugar também melhor. O reconhecimento do que é o EU e como cada um de nós pode se comportar em um processo comunicacional é muito importante.

O CONCEITO DO EU NA COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL

Já que estamos falando de presença, vamos agora falar sobre o que é o EU na comunicação interpessoal. Qual a sua importância, o quão significativo ele é?  Durante um processo de interação, nós podemos nos comportar de duas maneiras:

A primeira: de maneira empática!

Figura 6 – Tirinha Armandinho

Fonte: https://tirasarmandinho.tumblr.com/post/1620537
46519/tirinha-original

A segunda, de maneira não empática, pensando apenas nos nossos próprios interesses pessoais.

Figura 7 – Tirinha André Dahmer

Fonte: https://www.instagram.com/cartacapital/

Eu (ego) é um termo muito utilizado na Filosofia e na Psicologia para se referir à pessoa humana como consciente de si e objeto de pensamento. É o eu que nos posiciona no mundo e nos permite fazer uma escolha em detrimento de outra. Entre o eu e o restante do mundo há um abismo intransponível e saber conviver nesse cenário é essencial.

Dessa forma, como seres estritamente sociais, a qualidade das nossas relações interpessoais é fundamental e, para mantê-la, é preciso estabelecer uma relação saudável com o nosso EU e isso pode ser preestabelecido através do nosso comportamento.

O COMPORTAMENTO INTERPESSOAL

Se a comunicação, de maneira geral, significa estabelecer uma relação com alguém ou com um objeto cultural, isso quer dizer que qualquer coisa ao nosso redor pode nos estimular, ressignificar-se e começar a produzir sinais que irão ou não ser convertidos em componentes do processo comunicacional, com uma dada intencionalidade. Dito isso, começamos a compreender que o nosso comportamento, diante desses estímulos, é o que vai definir a qualidade da nossa comunicação interpessoal.

A comunicação interpessoal eficiente exige que todos nós saibamos lidar com comportamentos extremamente distintos. Para Skinner (1981, p.502), o comportamento humano é fruto de “contingências de sobrevivência responsáveis pela seleção natural das espécies, e contingências de reforçamento responsáveis pelos repertórios adquiridos por seus membros, incluindo contingências especiais mantidas por um ambiente social evoluído”.

Você sabia que existem alguns padrões de comportamento que se repetem durante as nossas interações sociais? São eles: o passivo, o agressivo e o assertivo. Tais comportamentos não se manifestam, em todas as ocasiões, de maneiras separadas, tampouco são categorizados como bons ou ruins, pelo contrário, eles são necessários e nos auxiliam a lidar, de maneira direta ou indireta, com as mais diferentes situações no dia a dia.

A ocasião define o nosso comportamento e, por isso, o autoconhecimento é tão importante. Vamos conhecer um pouco as características de cada um deles, a partir de agora, tendo como referência o recorte Analítico-comportamental de B. Skinner.

COMPORTAMENTO PASSIVO

Nesse estilo de comportamento, o indivíduo tem muita dificuldade de expressar sentimentos e opiniões. Manifesta-se quando o sujeito evita os confrontos ou quando se preocupa demasiadamente com aquilo que os outros pensam. Ao se comunicar, ele se posiciona “de maneira apagada, seguida de tantas justificativas e desculpismos que, na maioria das vezes, seus sentimentos e direitos são ignorados” (DEL PRETTE; DEL PRETTE; 2003, p. 144).

No que se refere à expressão corporal, evita contato visual, permanece quieto, a voz pode ficar trêmula e o discurso confuso. Além disso, parece estar sempre na defensiva. Quanto às ações, geralmente, culpa-se por tudo, evita determinados assuntos e foge das abordagens diretas. Justifica-se frequentemente e solicita aprovação o tempo todo. Além disso, cede facilmente, na tentativa de manter a simpatia do grupo.

COMPORTAMENTO AGRESSIVO

No estilo de comportamento agressivo, o sujeito tem pouco autocontrole das suas reações em interações públicas ou privadas.  Manifesta-se quando o indivíduo se autovaloriza excessivamente, deseja resultados imediatos e, para isso, posiciona-se de maneira tão incisiva, com alto grau de ansiedade, que acaba não medindo as consequências dos próprios atos, ou seja, o foco, nesse momento, passa a ser ele e não o outro.

Caballo (2003) complementa a classificação do comportamento agressivo, enfatizando que existe a chamada agressão passiva. Nela, o indivíduo, diante de uma situação de conflito, expressa-se de maneira indireta e sutil, mas sem deixar de coagir os demais (olhar ameaçador, ironia, sarcasmo). Vale ressaltar que, na maioria das vezes, pessoas com esse tipo de comportamento interpessoal conseguem alcançar seus objetivos rapidamente, sendo recompensadas por isso.

Outro ponto de atenção é que tanto o comportamento passivo quando o agressivo não é permanentes e imutáveis, como os traços de personalidade, isto é, eles são situacionais e podem ser trabalhados.

Nesse tipo de comportamento, a expressão corporal se dá assim: muito contato visual, fala com voz alta e postura evasiva. Gesticula muito com as mãos, inclusive, apontando os dedos para quem estiver à sua frente.

Em relação às ações, essas pessoas se comportam da seguinte maneira: culpam o interlocutor por tudo aquilo que está diferente do que elas acreditam, violando os seus direitos, e não estão dispostas a relativizar e/ou mudar de opinião. Criticam as pessoas, interrompem com frequência, são autoritárias, falam com sarcasmo e escárnio. Podem chegar ao contato não verbal, agredindo fisicamente outros indivíduos.

COMPORTAMENTO ASSERTIVO

O comportamento assertivo é aquele em que o indivíduo consegue – em meio a situações conflituosas ou diante de uma reação indesejável – manter-se de modo a garantir seus direitos, expressar a sua opinião, posicionar-se sem, necessariamente, violar os direitos do outro. Trata-se de um comportamento extremamente empático, no qual a positividade no discurso é sempre reforçada, assim como a flexibilidade, a escuta ativa e a participação atenta. O mais importante nesse tipo de comportamento é que ele transforma.

(…) a mudança para um estilo assertivo pode gerar reações bastante diferentes nas pessoas. As mais comuns são: a) estranhamento (“Você está diferente”); b) discordância (“Prefiro-a com seu jeito mais doce”); c) admiração (“Puxa, você agora está mais decidido”). Em relação a si próprias, as pessoas apontam ganhos em termos de: a) satisfação pessoal e autoestima; b) autocontrole e diminuição da ansiedade; c) ampliação dos relacionamentos e da qualidade destes (Del PRETTE; DELL PRETTE, 2003, p. 148).

Quando analisamos a expressão corporal nesse tipo de comportamento, enxergamos o seguinte: o contato visual é apenas o suficiente para se fazer entender e ser entendido. O interlocutor demonstra sinceridade tanto na linguagem verbal quanto na não verbal. A voz de quem fala está moderada e a postura é cordial, segura e comedida. O mais evidente: a linguagem corporal acompanha todo o discurso, o tempo todo, sem titubear.

A partir daí, destacamos importância de você se atentar, verdadeiramente, à sua comunicação interpessoal, procurando se expressar com clareza, inteligência, empatia e sensibilidade, em todos os momentos.

O RELACIONAMENTO INTRA E INTERPESSOAL: CONCEITO, HABILIDADES E ATITUDES PARA CONVÍVIO EM GRUPO

Relacionamento – de maneira geral – significa relação afetiva. Como você tem preestabelecido as suas relações afetivas ao longo da vida?  Antes de responder, vamos assistir a um vídeo!

INDICAÇÃO DE VÍDEO

Acesse o link:


https://www.youtube.com/
watch?v=Rr2uKa7dMgY

Empatia é a base de qualquer relacionamento. O relacionamento intrapessoal – também conhecido como inteligência intrapessoal – é a relação que todos nós preestabelecemos conosco mesmos e com nossos sentimentos e aspirações. As premissas do relacionamento intrapessoal estão baseadas, essencialmente, no autoconhecimento, pois ele é a nossa bússola, para que possamos reagir e interagir nas mais diversas situações, da melhor forma possível. Conhecer a si mesmo implica identificar, de maneira imediata, quais são os seus pontos fortes e aqueles que precisam ser trabalhados e, também, como você reage em determinas situações, principalmente, aquelas mais inconvenientes e as que mais o incomodam.

Um dos principais pesquisadores sobre relacionamentos interpessoais foi Kurt Lewin (1977), psicólogo alemão-americano, e um dos pioneiros a estudar psicologia social, organizacional e aplicada, nos Estados Unidos. Segundo ele, “a produtividade de um grupo e a qualidade desses relacionamentos estão estreitamente ligados com a competência dos seus membros, mas, sobretudo, com o auxílio de suas relações interpessoais” (LEWIN, 1977).

Relacionamento interpessoal se refere à nossa relação com o próximo. É a habilidade que nos faz relacionar de maneira positiva e assertiva com toda a nossa rede, seja ela de amigos próximos, seja de conhecidos, seja em casa, no trabalho ou em diversos outros ciclos sociais.

Figura 8 – Tirinha

FONTE: hptt://www.piterest.ph/pin/229261437251434196/
O relacionamento interpessoal envolve três fatores: o ambiente, o eu e o outro. Isso pressupõe que, para que o nosso relacionamento interpessoal seja assertivo, nós precisamos entender o ambiente no qual estamos inseridos; aprimorar o nosso autoconhecimento, ou seja, compreender como reagimos frente às situações diversas e, por fim, conectarmos com o outro, de maneira responsável e empática, respeitando suas diferenças. Quer melhorar seu relacionamento interpessoal? Então, se liga!
  1. Saiba: você não é o centro o do mundo, não é a única pessoa que tem problemas e a sua dor não é maior do que a dor de ninguém. Então, não se comporte como se fosse.
    Então, não se comporte como se fosse. Saia do vitimismo!
  1. Seja flexível, seja adptável, empenhe-se em convencer, sem precisar travar uma luta diária contra o outro.
  2. Muito cuidado com o grau de intimidade que você preestabelece com seus interlocutores. Piadas, brincadeiras fora de hora, toques e demonstrações exacerbadas de carinho e afeto com quem você não tem proximidade são extremamente inadequadas e provocam verdadeiras rupturas na comunicação. Além de que isso também pode configurar assédio. E, por falarmos em assédio, a L’Oréal Paris lançou uma campanha Global em 2020, Stand Up (movimento global de conscientização e treinamento contra o assédio nas ruas), importantíssima e o vídeo dessa campanha nos traz elementos muito precisos sobre a o quão inapropriado pode ser o toque, o gesto e as manifestações afetivas, não autorizadas.
 
  1. Seja tolerante e paciente ao lidar com pessoas cujas opiniões e/ou crenças são diferentes das suas.
  2. Não poupe esforços para se autoconhecer, formando uma imagem realista sobre si mesmo. Não poupe esforços para fazer boas escolhas em todas as oportunidades que tiver.
  3. Trabalhe sua autoestima. Sua confiança e seu sucesso dependem dela.

INDICAÇÃO DE VÍDEO

Acesse o link:

https://www.youtube.com/watch?v=LM-yBvS-6ns

E por que devemos melhorar o nosso relacionamento interpessoal?

Ainda não ficou claro? Então, vamos lá! Melhorando o relacionamento interpessoal, você vai:

  1. Entender e conseguir classificar e diferenciar suas necessidades e sentimentos.
  2. Conhecer-se melhor e, consequentemente, conhecer melhor o outro.
  3. Tomar decisões mais assertivas.
  4. Equilibrar a sua relação com o mundo e com as outras pessoas.
  5. Valorizar seus pontos fortes e aprimorar suas fraquezas.
  6. Direcionar seu comportamento, de acordo com o que você deseja alcançar.
  7. Usar todo esse aprendizado para se relacionar, ainda melhor, em qualquer situação, comunicando-se de maneira assertiva.

Agora é com você! Pratique, atente-se, policie-se e comunique-se com você mesmo e com o outro da melhor maneira que puder. Em caso de dúvidas, volte ao conteúdo! Está tudo aqui e eu também. Pode chamar! 

REFERÊNCIAS

  • CABALLO, V. E. Manual para o tratamento cognitivo-comportamental de transtornos psicológicos: transtornos de ansiedade, sexuais, afetivos e psicóticos. Santos, Ed. 2003.
  • DEL PRETTE, A; DEL PRETTE, Z.A.P. Psicologia das relações interpessoais e habilidades sociais: vivências para o trabalho em grupo. Petrópolis: Vozes, 2001.
  • DEL PRETTE, A; DEL PRETTE, Z.A.P. Assertividade e Religiosidade, muito além de uma Rima!. In: BRANDÃO, M. Z; CONTE, F. (Org). Falo ou não falo? Expressando sentimentos e comunicando ideias. Arapongas: Mecenas, 2003.
  • DIMBLEY, R.; BURTON, Graeme. Mais do que palavras: Uma Introdução à Teoria da Comunicação. São Paulo: Summus, 1990.
  • HILSDORF, Carlos. O Poder Mágico Do Relacionamento. 2005. Disponível em: www.rhportal.com.br/recursos-humanos/O-Poder-Magico-Do-Relacionamen to-.htm. Acesso em: 21 out 2014.
  • LYRA, Maria Cristina de Miranda. Comunicação Intra e Interpessoal. Secretaria do Estado de Educação de Pernambuco.
  • SANTOS, Letícia Raiane dos. Entre o eu e outro: alteridade e construção literária. Pernambuco, Universidade Federal de Pernambuco: 2015.
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